Com pouco menos de quinze capítulos exibidos, já se pode tirar algumas conclusões acerca do começo de "Rebelde", "adaptação da adaptação" que a Record faz em parceira com a Televisa. Até então, pelo que foi ao ar, é perceptível que, apesar de alguns erros, o folhetim escrito por Margareth Boury se mostra como um grande acerto e dotado de várias qualidades.
Sob direção de Ivan Zettel, responsável por "Luz do Sol" e por alguns episódios de "A Lei e o Crime", "Rebelde" reúne seis protagonistas, cada um com sua história e objetivo de vida e unidos pela música.
O primeiro capítulo de "Rebelde" pode ter causado certa estranheza ao telespectador da Record. Não houve incêndios, tiroteios ou perseguições, o que era praticamente rotina nas estreias da emissora. De primeira vista, desanimador. Faltava alguma coisa. Porém no decorrer dos capítulos foi mostrado que não faltava nada. O elenco foi bem escolhido e a história começava a ganhar forma e jeito de novela.
Quem assistiu e lembra de "Alta Estação" facilmente consegue compará-la a "Rebelde". Embora aproximadamente R$ 30 milhões separam o orçamento das duas - R$ 10 milhões para "Alta Estação" contra pouco mais de R$ 40 milhões de "Rebelde" - a autora é a mesma.
Margareth usa muito bem a sua vocação para um texto cômico, engraçado, leve e que foge do didatismo das outras tramas. Algumas "sacadas" são as mesmas de "Alta Estação" e totalmente diferente das de "Rebelde" no México. Aliás, quem procurou "Rebelde" pela experiência que teve com a versão mexicana deve ter se desanimado, pois a cada capítulo percebe-se a diferença que as duas tem.
Entre os destaques positivos da novela, além do texto, pode-se dizer o elenco e alguns atores em específico. Lana Rodes, da primeira temporada de "Ídolos" no SBT e que fez parte do elenco de "Alta Estação", é protagonista de um dos momentos mais engraçados do folhetim. Beck, ao lado de Vicente - papel de Eduardo Pires, que também foi o Vicente de "Luz do Sol", são a melhor parte da Vila Lene.
Por outro lado, nem tudo é ponto positivo para "Rebelde". A mesma Vila Lene, de Vicente e Becky, ainda não deslanchou. O bar, a garota com mania de limpeza, o papagaio, o núcleo dos pré-adolescentes...enfim, é possível que se desenvolva no decorrer dos próximos capítulos, mas é uma parte que ainda não é das melhores - e por uma infeliz coincidência, é a parte que mais foi "abrasileirada".
A cenografia e a produção geral de "Rebelde" também não empolgam como deveriam pelo investimento que teve. Alguns cenários são escuros e repetem praticamente a mesma estética de outras novelas, como "Ribeirão do Tempo". A cidade cenográfica é artificial e perde feio do projeto feito para a trama de Marcílio Moraes. As fachadas nem sempre estão em harmonia com o cenário que é apresentado, como acontece em vários dos cenários que compõe a escola. E falando na escola, a mesma parece um resort e o seu sistema de internato prestigiado ainda está muito longe do cotidiano, ou pelo menos, do conhecimento da maioria dos brasileiros.
Já a produção também não é das melhores que a Record fez. Ainda está atrás de "Bela, a Feia", uma das melhores novelas já produzidas pela Record na questão técnica. Além de perder para a trama de Gisele Joras na cenografia, a diferença de externas é gritante. São raríssimas as cenas de "Rebelde" feitas fora do internato, da cidade cenográfica e dos cenários. Claro, há reduções imensas no custo, mas deixa a produção mais pobre. Edson Spinello soube explorar de forma bem melhor as belezas do Rio de Janeiro nas três novelas que dirigiu e soube aproveitar o investimento a mais feito pela Televisa em "Bela, a Feia".
Apesar de alguns erros e acertos, "Rebelde" tem um saldo bem positivo. A novela elevou os índices de audiência da Record em São Paulo e fez decolar os do Rio, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Curitiba. O crescimento é nacional.
Os índices só mostram que a Record jamais deveria ter abandonado a faixa das 19h para colocar suas novelas batendo com as novelas das nove da Globo e ao mesmo tempo investir em maratonas jornalísticas como o "SP Record".
O desaquecimento que a dramaturgia da emissora passou nos últimos meses deve ter servido de lição para o planejamento futuro. E até agora percebe-se que o comportamento dos diretores é diferente. Antes de "Rebelde" estrear, por exemplo, já se sabia que será Gustavo Reiz o autor da novela substituta. E bem antes de "Vidas em Jogo" estrear, já se fala até mesmo em escalação de elenco de "Navegantes", novela de Lauro César Muniz que substituirá "Vidas em Jogo". A Record voltou ao caminho certo.
Sob direção de Ivan Zettel, responsável por "Luz do Sol" e por alguns episódios de "A Lei e o Crime", "Rebelde" reúne seis protagonistas, cada um com sua história e objetivo de vida e unidos pela música.
O primeiro capítulo de "Rebelde" pode ter causado certa estranheza ao telespectador da Record. Não houve incêndios, tiroteios ou perseguições, o que era praticamente rotina nas estreias da emissora. De primeira vista, desanimador. Faltava alguma coisa. Porém no decorrer dos capítulos foi mostrado que não faltava nada. O elenco foi bem escolhido e a história começava a ganhar forma e jeito de novela.
Quem assistiu e lembra de "Alta Estação" facilmente consegue compará-la a "Rebelde". Embora aproximadamente R$ 30 milhões separam o orçamento das duas - R$ 10 milhões para "Alta Estação" contra pouco mais de R$ 40 milhões de "Rebelde" - a autora é a mesma.
Margareth usa muito bem a sua vocação para um texto cômico, engraçado, leve e que foge do didatismo das outras tramas. Algumas "sacadas" são as mesmas de "Alta Estação" e totalmente diferente das de "Rebelde" no México. Aliás, quem procurou "Rebelde" pela experiência que teve com a versão mexicana deve ter se desanimado, pois a cada capítulo percebe-se a diferença que as duas tem.
Entre os destaques positivos da novela, além do texto, pode-se dizer o elenco e alguns atores em específico. Lana Rodes, da primeira temporada de "Ídolos" no SBT e que fez parte do elenco de "Alta Estação", é protagonista de um dos momentos mais engraçados do folhetim. Beck, ao lado de Vicente - papel de Eduardo Pires, que também foi o Vicente de "Luz do Sol", são a melhor parte da Vila Lene.
Por outro lado, nem tudo é ponto positivo para "Rebelde". A mesma Vila Lene, de Vicente e Becky, ainda não deslanchou. O bar, a garota com mania de limpeza, o papagaio, o núcleo dos pré-adolescentes...enfim, é possível que se desenvolva no decorrer dos próximos capítulos, mas é uma parte que ainda não é das melhores - e por uma infeliz coincidência, é a parte que mais foi "abrasileirada".
A cenografia e a produção geral de "Rebelde" também não empolgam como deveriam pelo investimento que teve. Alguns cenários são escuros e repetem praticamente a mesma estética de outras novelas, como "Ribeirão do Tempo". A cidade cenográfica é artificial e perde feio do projeto feito para a trama de Marcílio Moraes. As fachadas nem sempre estão em harmonia com o cenário que é apresentado, como acontece em vários dos cenários que compõe a escola. E falando na escola, a mesma parece um resort e o seu sistema de internato prestigiado ainda está muito longe do cotidiano, ou pelo menos, do conhecimento da maioria dos brasileiros.
Já a produção também não é das melhores que a Record fez. Ainda está atrás de "Bela, a Feia", uma das melhores novelas já produzidas pela Record na questão técnica. Além de perder para a trama de Gisele Joras na cenografia, a diferença de externas é gritante. São raríssimas as cenas de "Rebelde" feitas fora do internato, da cidade cenográfica e dos cenários. Claro, há reduções imensas no custo, mas deixa a produção mais pobre. Edson Spinello soube explorar de forma bem melhor as belezas do Rio de Janeiro nas três novelas que dirigiu e soube aproveitar o investimento a mais feito pela Televisa em "Bela, a Feia".
Apesar de alguns erros e acertos, "Rebelde" tem um saldo bem positivo. A novela elevou os índices de audiência da Record em São Paulo e fez decolar os do Rio, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Curitiba. O crescimento é nacional.
Os índices só mostram que a Record jamais deveria ter abandonado a faixa das 19h para colocar suas novelas batendo com as novelas das nove da Globo e ao mesmo tempo investir em maratonas jornalísticas como o "SP Record".
O desaquecimento que a dramaturgia da emissora passou nos últimos meses deve ter servido de lição para o planejamento futuro. E até agora percebe-se que o comportamento dos diretores é diferente. Antes de "Rebelde" estrear, por exemplo, já se sabia que será Gustavo Reiz o autor da novela substituta. E bem antes de "Vidas em Jogo" estrear, já se fala até mesmo em escalação de elenco de "Navegantes", novela de Lauro César Muniz que substituirá "Vidas em Jogo". A Record voltou ao caminho certo.
Fonte: Na Telinha
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