Parece brincadeira, mas quem convive com Dulce María garante: ela acorda sempre de bom humor. Engraçada, costuma render boas risadas à equipe de 16 pessoas que costuma viajar com ela em sua turnê Extranjera. Sem muita frescura, ela espalha seus produtos de beleza (e são muitooos!) pela mesa e se maqueia sozinha.
Desta vez, além da turnê, Dulce lança o álbum Extranjera Parte II, à venda a partir de 21 de junho. “Desde que terminou o RBD, eu recebo convites para vir ao Brasil, mas como estava gravando novela, preferi vir quando já tivesse um show inteiro, onde pudesse ficar mais próxima das pessoas”, disse ela ao DIRETO DO MÉXICO. “Os brasileiros são uma injeção de adrenalina!”, disse ela que gravou “Estrangeira” e “Ingênua” em português.
Nos raros momentos de folga no Brasil, Dulce, introspectiva, escreveu muita poesia e compôs. “Na verdade, eu escrevo o tempo todo: nos aviões, nos hotéis, escrevo o que me acontece, o que sinto, o que me dói, o que não entendo… depois me reúno com meus músicos e faço virar uma canção”, revela ela, que nega quando perguntamos se está mais inquieta, triste até. “Não, o que acontece é que estou trabalhando muitíssimo”, desconversa ela, mas confessa: “Creio que minhas canções agora são um pouco mais tristes….tristes não. São mais melancólicas”.
Ainda assim, que está sempre com a musa, garante que apesar de muito romântica, Dulce é só diversão!
Já no camarim, o clima é de calma. Apenas suco, frutas e incenso pra relaxar. Antes de entrar no palco, a cantora fica quietinha no seu canto, alongando e conversando com Paulina Goto, estrela da novela Niña de mi Corazón, que abriu seus shows.
Animada, Dulce havia pedido para que sua produção a levasse a uma balada de funk com meninos bonitos (ela tá solteira, gente!), mas não deu tempo: depois do show de Belo Horizonte, no dia 26, a ex-RBD pegou uma gripe muito forte. “O doutor disse que tenho que descansar. Impossível!”, escreveu Dulce no twitter.
À base de frutas picadinhas pra limpar a garganta e muito chá, a cantora completou a maratona de cinco shows pelo Brasil e se despediu na terça 31, rumo à Argentina.
Na bagagem, ela leva do Brasil CDs do Exaltasamba, Manu Gavassi e Restart, além de muitas havaianas e presentinhos que ganhou dos fãs (até já usou alguns).
Bom, o funk ficou para depois, mas se depender dos fãs brasilerios, não faltarão oportunidades pra Dulce voltar ao Brasil e conferir o pancadão!
Você escreveu no Twitter: “O único que sei é que nada é como esperamos”. O que te faz pensar isso?
Bom, risos, é só que a vida é muito inesperada, que de repente você faz planos e tudo sai justamente como você não imaginava. Então é bom já não esperar nada. Não sei se você me entende, mas é que a vida te surpreende, sabe?
Mas o inesperado é bom, não?
Hum, é. Quer dizer, às vezes. É bonito que a vida te surpreenda.
Sonhava em ser tão famosa assim?
Eu comecei aos 5 anos de idade e já são 20 anos de carreira. Quando se tem um objetivo, acredito que temos que sonhar grande e alto. Mas sinceramente, eu nunca imaginei que um dia estaria, por exemplo, no Brasil, um país que nem ao menos fala a minha língua. É difícil crer que isso fosse acontecer.
Você consegue entender a histeria que os fãs por você?
É algo que não compreendo. Eles tem vontade de me arrancar as mãos, tanto que me querem e claro que eu queria poder abraçá-los também. E é por isso que preparei esse show. Queria que fosse uma festa só nossa, poder olhar do palco e ver a cara das pessoas, coisa que não dava pra fazer no RBD.
No ano passado, você me contou que se sentia sem lugar no mundo. Ainda pensa assim?
Sim e agora mais do que nunca! Afinal, vou ficar viajando, tenho muito trabalho, muitos dias fora de casa, sem um lugar fixo. É difícil…
Isso te deixa mais inquieta?
Não, te digo a verdade, o que acontece é que estou trabalhando muitíssimo. Talvez por conta de ser muita pressão, te pareça isso. Comecei a turnê no México, fiz uns shows nos EUA, estou coordenando a saída do novo disco…São muitos compromissos na cabeça! Mas estou muito contente! Venho mostrar a todos o que busco de verdade. Quero chegar ao coração das pessoas
O que te acalma nestes tempos agitados, então?
Estar com meus amigos, com minha família e ler.
E o que é mais difícil: escondeu um namorado ou mostrá-lo ao mundo todo?
Uffff! Acho que como agora não tenho namorado, então realmente não tenho tido nenhuma das duas coisas. Mas estivesse apaixonada, creio que eu não esconderia, por mais que as pessoas se metessem muito.
Você regravou Ya No, da cantora Selena. Ela é um ídolo seu?
Selena é um fenômeno da música latina e faz 16 anos que ela morreu. Penso que é importante que que seu trabalho não caia no esquecimento. Eu, como artista, também gostaria que isso acontecesse comigo, que continuassem lembrando de mim mesmo depois que eu já não estivesse mais aqui.
O que ainda falta na sua vida?
Muitas coisas. Quero aprender a tocar um instrumento e compor para outros artistas. Daqui a dez anos, me imagino seguindo com música. Também quero ter uma filha e encontrar a alguém com quem compartilhar a minha vida.
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