O segundo filho do casal nasceu um mês depois do inesperado falecimento da mãe da cantora.
"É um bebê maravilhoso, divertido, risonho e muito desperto. Nunca estive tão loucamente apaixonada por um homem"
É um bebê robusto, alegre e desperto. Parece perceber tudo o que está acontecendo ao seu redor e tem apenas dois meses e duas semanas de vida. Matthew Alejandro é o segundo filho de Thalia e do empresário Tommy Mottola, que hoje nos recebem junto a sua primogênita, Sabrina Sakaë, para apresentarmos ao novo membro da família. Tranquilo e sorridente, Matt(ou Matti, como o chamam carinhosamente) desconhece o importante papel que tem desempenhado na história recente de sua mãe que o olha cativada enquanto o segura entre seus braços. Pequenino como é, não sabe ainda que foi ele quem deu força, fé e esperança a Thalia, após a dolorosa e inesperada morte de sua mãe, Yolanda Miranda, que estava no México para o casamento de sua filha Ernestina, que se celebraria horas depois de seu falecimento.
A somente quatro meses de sua partida, Thalia celebra a vida através de seus pequenos filhos, e tenta, com o bálsamo de seus beijos e carícias fechar a ferida que resiste a curar, e dar razão ao que o coração não quer entender.
Mas o conseguirá, sem dúvida!, porque o amor por Sabrina e Matt será vento para sua vela e a direção que guiará seu caminho em águas mais tranquilas.
- Felicidades, Thalia, pelo novo integrante da família. Como você se sente com novo bebê em casa?
Imagina. É a maior benção que chegou a minha vida. É um ser humano com uma força e uma presença incrível. Eu digo que não tive um bebê, mas um mini-senhorzinho, porque está super atento ao que o rodeia, com os olhos fixos, analisando tudo, tem dois meses e duas semanas e já começou a articular. Pesa quase 8kg , e usa roupa de menino de um ano; é um bebê enorme. É um ser muito avançado, muito forte.
- Com quem se parece, Thalia?
A Sabrina. Tem o rosto e os olhos parecidos ao meu, mas também tem algo do meu marido.
- Nasceu na data prevista?
Sim, exatamente entre as datas que me havia informado o doutor. Nasceu por parto natural no hospital Monte Sinaí de Nova Yorque, em 25 de junho as 11:48hs da manhã, pesando pouco mais de 3kg e meio.
- Conte-nos como foram as horas que antecederam o nascimento de seu filho.
Fui um parto em que eu estava muito sensível, com muitos sentimentos juntos; um momento agridoce, de dor e felicidade, mas de alguma maneira estive muito presente e o desfrutei muito. Cada contração, cada dor, vê- lo sair e o sentir de imediato sobre meu peito, sentir seu calor, sua vida, me deu esperança e fé.
Por volta da meia-noite do dia anterior começaram as contrações de maneira regular, e as 4hs da manhã já estávamos a caminho do hospital com contrações fortissímas a cada dois minutos, assim que cheguei começaram a me preparar para o parto. A verdade é que foram onze horas que me pareceram um suspiro comparadas com as trinta e três horas de parto que passei com Sabrina.
AMOR IMPULSIVO E AMOR APAIXONADO
- O que veio primeiro a sua mente quando esteve pela primera vez com seu bebê entre os braços?
A maravilha da vida. Eu o via e pensava, estou contigo, para você, para ajudar-te, para o que necessites.
- Seu marido estava contigo?
Sim, cada segundo esteve a meu lado, da mesma forma que com Sabrina. Chorava de alegria e não deixava de repetir: Meu amor, meu amor, nosso bebê, nosso Matthew. Sempre esteve, e está, cuidando de mim, me abraçando, observando tudo...
- Por que Matthew Alejandro?
Matthew sempre me pareceu um nome divino e relacionado com Deus. E Alejandro, por seu significado: "O protetor". Para mim é como se Matt fosse esse ser protetor que chegou a nossa casa.
- Conte-nos, como é Matthew?
Matt, é muito divertido, e muito sorridente. É um bebê maravilhoso, muito desperto; a pediatra me disse que parece um bebê de seis meses. Nunca estive tão loucamente apaixonada por um homem.
- O que o Tommy vai dizer, Thalia!
Não sei; já perdeu. Ele já perdeu - disse divertida.
É que o amor de mãe é muito forte
E é unico com cada filho. O que sinto por Matt é impulsivo. eu o quero comer, queria passar o dia beijando-o, carregando-o, brincando com ele, cantando-lhe, e assobiando-lhe, porque ele gosta muito, disse sorrindo. Mas o que ele mais gosta é o mambo, com isso ele dorme. Ponho Pérez-Prado, e pronto! Eu adoro, porque nisso se parece a sua avó, que todos os dias gostava de escutar mambo. Com Sabrina é diferente, é um amor apaixonado; nos abraçamos, nos acariciamos, nos beijamos, brincamos, corremos na chuva... há uma grande cumplicidade entre as duas; é uma relação belíssima a nossa. Me sinto muito abençoada nestes momentos da minha vida.
- O que disse Sabrina de seu novo irmãozinho?
Ela disse: "É meu bebê". O beija, dá a mão, me ajuda a dar banho, é muito cooperadora e me passa o que eu precise para cuidá-lo, quer carregá-lo, abraçar-lhe conta histórias... é muito boa irmã. E não tem ciúmes de nada.
- Fale-nos de Sabrina.
Vai fazer quatro anos no próximo dia 7 de outubro. É alta, desperta, divertida, é uma menina belíssima.
- Pensam em aumentar ainda mais a família?
Nós realmente gostaríamos de ter outro bebê e eu não queria esperar muito para isso acontecer, mas agora quero terminar alguns projetos, entre eles meu novo disco que sairá no próximo ano, o livro "Cada día más fuerte", que conta minhas vivências, minha história... uma mulher nestes tempos deve saber conciliar tudo: sua carreira, sua casa, sua família, e agora quero me dar tempo para fazer o que gosto e para me sentir feliz com meus projetos de vida porque isso me ajuda a ser uma melhor mãe.
- Como é o seu dia atualmente?
Me levanto muito cedo, preparo a Sabrina para ir ao colégio, estou com o bebê, vou ao estúdio para compor canções com algum músico amigo meu, faço o programa de rádio, que graças a Deus tem sido um sucesso nos Estados Unidos, repasso os textos do que será meu novo livro, pego a Sabrina na escola, estou com meu bebê, enfim!, como a vida de qualquer mãe, com minha carreira e minhas inquietudes de vida. Porque se terminam as inquietudes, vem o declínio.
- Aonde pensam criar seus filhos, em Nova Yorque ou Miami?
Nós estamos mais estabelecidos em Nova Yorque.
- Sabrina fala bem espanhol?
Claro!, é completamente bilingüe. Com mamãe fala a todo tempo espanhol e com o papai e todos os demais, em inglês. E fala um excelente espanhol. Também lhe mostro muito nossa cultura, desde nossa música, contos, gastronomia... Ela adora que façamos suas "enchiladas"(panqueca de milho mexicana), seus "taquitos"(comida típica da culinária mexicana), suas "sincronizadas com guacamole"(iguaria típica da culinária mexicana)...
"Depois da morte de minha mãe, despertou uma nova Thalia, mais aventureira, com vontades de comer a vida a punhos", afirma Thalia.
- Como são Tommy e você como pais?
Somos muito apaixonados, muito dedicados, e aonde vamos, eles vão conosco; estamos muito envolvidos em seu mundo, em suas atividades, em suas inquietudes, desde o amanhecer até que anoiteça, e Tommy está tão presente como eu. Somos, como se diz aqui, pais "hands on", algo assim como "com as mãos na massa".
- De que forma a paternidade mudou sua relação como casal?
Nos uniu e relaxou mais. Acho que sobretudo com Matt aprendemos a relaxarmos, a fluir, e é maravilhoso porque descobrimos uma união que vai mais além do carnal, do físico, deste mundo; é algo mais profundo, de alma a alma.
A ETAPA MAIS ESCURA DE MINHA VIDA E A MAIS GLORIOSA
- Que acúmulo de emoções você teve que experimentar nos últimos meses, Thalia. Por um lado, a feliz chegada de um filho, e por outro, a dolorosa perda de sua querida mãe, a que estava sempre tão unida.
Sem dúvida alguma, a etapa mais escura de minha vida e a mais gloriosa, porque tenho em meus braços este menino tão maravilhoso, mas no tempo em que tudo aconteceu foi como um "tsunami" e estou tratando de dar razão ao que o coração não quer entender - disse com a voz rouca pela dor, ainda a flor da pele. Eu sei que meu filho já nasceu gladiador, porque sua primeira batalha contra a dor, contra a angústia e a perda, viveu em meu ventre no último mês de gestação, com a morte de minha mãe. Sem haver tocado ainda este mundo, se viu obrigado a ser um gladiador, um guerreiro, e quando nasceu me deu essa visão; foi como se me dissesse: "Aqui estou mamãe, sou um guerreiro, e preciso que você fique de pé e me ajude a entender a batalha da vida".
- Imagino quanta falta ela fez nos dias que antecederam o nascimento de Matt.
É um assunto tão difícil para mim e tão duro de falar, porque em minha alma ainda é inaceitável. Imagine, ela era minha cúmplice, minha amiga, minha companheira, minha mãe, e não estava comigo. Mas de alguma maneira antes de começar o parto, eu senti sua presença e que me dizia: "Minha filhinha, não se preocupe, eu já conheci a Matti, já brinquei com ele, já o tive entre meus braços, e agora é sua vez", e eu fiquei muito tranquila de ter tido essa espécie de energia ou vivência, pois soube que ela de alguma forma já o conheceu e esteve com ele.
- Sua mãe soube que você esperava um menino?
Sim - recorda emocionada. Ela sempre soube que eu teria um menino, e não porque o médico havia falado. Eu não quis saber o sexo do bebê e preferi esperar até o nascimento para conhecer a surpresa que Deus nos tinha preparado, mas minha mãe sempre me dizia que seria um homenzinho; sempre esteve muito segura disso. Sabe? Melhor falarmos de outra coisa, porque ainda me dói muito, muito, falar do que aconteceu. É algo que ainda tento resolver cada minuto, cada segundo; dia a dia.
- Entendemos, não se preocupe.
Esteve alguém de sua família contigo no hospital?
Não, mas quando soube que já ia nascer Matti, liguei para Federica e lhe disse: "Irmazinha vem para cá", e ela pegou o avião e no dia seguinte já estava aqui. Ficou duas semanas para me ajudar com o bebê, cuidando de mim e até me penteando e me dando todo seu carinho. E logo, como um mês e meio, veio me ver Ernestina.
- Esta vez te felicitaram todas as suas irmãs?
Todas. Desde Laura, até Ernestina, Gabriela, Federica, inclusive minha avó. Todo mundo estava feliz e emocionado, e com um carinho e uma união incríveis. Estou muito feliz de estar de novo unida com minha irmã Laura, resgatar nossa fraternidade, nosso carinho; esse amor que sempre existiu. Olha que quando minha filha se encontrou com Laura pela primeira vez, se apaixonou por ela e começaram uma relação muito bonita. O ocorrido com minha mãe foi um momento infeliz, mas que de alguma forma solidificou relações.
- Depois de viver experiências tão fortes neste 2011, sente que algo mudou em você?
Tudo mudou em mim, tudo. A metade de mim não está e a outra metade está se enchendo de amor, de luz, de uma nova energia, de novas vontades de enfrentar a vida e fazer coisas únicas, divertidas, diferentes; tenho desejos de viver intensamente cada instante. Eu, como o título do meu livro que sairá a venda na primeira semana de novembro, me sinto "Cada dia mais forte".
Texto traduzido e adaptado por: Equipe Conexão Thalia
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